sexta-feira, 4 de março de 2016

4º Domingo da Quaresma

O Filho Pródigo
 É uma história que todos conhecem, mas que apesar de conhecer é preciso revivê-la a cada dia em nossas vidas. Porque ela vai nos falar de uma história de amor e perdão

HISTORIA
Técnica: Fantoches em biombo horizontal com cenário ao fundo e narração interferindo na dramatização.
Personagens: Pai – mãe – Tonhão – Toninho – garota – amigos – Ali-ba-bá
Crianças, vocês ouviram o evangelho, não é? Pois agora vamos encenar uma historinha com fantoches...
Que foi o próprio Cristo que contou e que tem a mesma mensagem do evangelho lido. Prestem atenção para entenderem a mensagem.
Era uma vez, um pai, Antônio, muito bondoso e amável. Ele tinha dois filhos, Toninho e Tonhão.
O Toninho era muito trabalhador. Trabalhava de sol a sol. Olhem como ele trabalha na enxada! Ah, me esqueci de falar que o pai dos meninos era muito rico e poderoso... Um grande fazendeiro... Tinha plantações que sumiam de vista (levantar galhinhos).
Pois bem, esse filho, o Toninho era esforçado... Agarrava a enxada e era um movimento só pra lá e pra cá...
(Recita o versinho: Minha enxadinha trabalha bem... Corta matinho num vai e vem)
Que menino de ouro era o Toninho... Ao lado do pai, construindo a riqueza do pai. Ah! (admirado)
(E tomando novamente a história...)
Ah!... É! Mas tinha também o Tonhão, o outro filho... Esse, não podemos dizer que fosse esforçado... Mas não era de todo mau... Só tinha uns probleminhas... Não gostava de trabalhar... Era preguiçoso... Malandro... Aproveitador... Não queria nada com nada... Responsabilidade? Passou longe!
O Senhor Antônio, como bom pai que era, vivia sempre rezando... Pedindo a Deus por sua família... Pelos seus dois filhos.
E os dias iam passando... Passando... Até que um dia Tonhão deu um grito... Queria mudar...
Tonhão: - Pô! Assim não dá! Tô cansado de viver aqui, no meio dessa roça, no meio das vacas. Esse tanto de passarinho... Céu estrelado... Essa lua cheia e redonda... Que chatice! Vô falar com o coroa... Tô cheio de tudo e mereço viver num mundo cheio das gatas... De umas cervejinhas, umas Brahmas... Ô coroa!
Pai: - Meu filho!
Tonhão: - Ó aqui, coroa! Não tá dando pra aguentar... Eu não nasci pra viver aqui nesse paradeiro... Essa vida chata, parada... Já fiz as contas, procurei meus advogados, tô com a papelada em dia e sei que tenho direito à minha parte da herança e eu quero a grana. Passa logo os “cobre” que eu tô com pressa!
Pai: - Ô meu filho, você não sabe o que fala!
Tonhão: - Qual é coroa? Tô sartando fora! Junta aí o que é meu por direito que eu vou aprender a viver! Até então não tenho vivido!
Mãe: - Mas, Tonho! Você não pensa no seu pai? Na sua família?
Tonhão: - Qual é... O Toninho, meu irmão, todo certinho tá aí... Ele faz tudo no meu lugar... E vamos rápido que eu tenho pressa!
Mãe: - Meu filho... Você vai deixar o amor, a segurança da sua casa... O carinho do seu pai, o conforto do seu lar?
Tonhão: - Que segurança... Que amor... Vou ter tudo com fartura... E anda... Quero o que é meu... Não há o que o dinheiro não compre!
Pai: - Então tome, meu filho... Faça o que quiser... (Toninho chega e consola o pai que chora). Oh! Toninho, seu irmão está indo embora... Que triste!
Toninho: - Triste nada! Ele era um vagabundo e escolheu esse caminho... Que vá! Já vai tarde!
Mãe e pai: - Oh, vida! Adeus, Tonhão! Tchau!
(Saem todos e aparece o Tonhão gastando o dinheiro)
Tonhão: - Ei, você aí, eu tô com dinheiro aqui... Eu tô com dinheiro aqui... Uau! Cara! Que gata! Pô, meu! Tô gamado!
Garota: - Oi, gatinho! Segura o tchan! Amarra o tchan! (Canta)
Tonhão: - Toma aqui um saco de dinheiro, gata. Vamos passear, aproveitar a vida...
Garota: - Amorzinho, me dê logo o dinheirinho... (Cochichando fala: Se ele pensa que eu vou sair com ele, esse roceirão!) Claro... Fica aqui me esperando que eu vou retocar a maquiagem! Vou levar o dinheiro por segurança.
(Tonhão fica esperando o tempo. Passa... Passa... Olha o relógio)
Tonhão: - Pô, não é que a gata me enganou? Tô aqui a horas esperando por ela! Ainda bem que sobrou outro saco de dinheiro... Vamos lá... Vou comprar um camelo de último tipo... Um turbante cravejado de diamantes... E muitas namoradas... Mulheres lá vou eu!
Ladrão: - Ah, vai nada. Passe logo esse dinheiro!
Tonhão: - O quê? Quem é você?
Ladrão: - Ora... Sou o Ali-ba-bá e os 40 ladrões!
Tonhão: - E cadê os 40 ladrões?
Ladrão: - Tão lá fora e se você demorar vão entrar todos aqui pra te dar uma coça daquelas, entendeu? Passa logo o dinheiro!
Tonhão: - Oh, não! Meu dinheirinho, não! Não!
(E Ali-ba-bá acerta uma paulada em Tonhão.)
Ladrão: - Vamos correndo!
É... As coisas não andavam nada boas para Tonhão. Ele ficou pobre... Lhe roubaram até a bonita roupa e agora estava cheio de trapos... Com fome... Sem nada...
Batia às portas e pedia um prato de comida... Ninguém dava... Dias e dias andou assim... Os antigos amigos do tempo da riqueza nem o olhavam... Coitado do Tonhão. Mas, saindo para longe da cidade ele teve vontade de comer a comida dos porcos... E assim quase comendo a lavagem, ele pensou em tudo o que tinha na casa do seu pai... Pensou que mesmo o empregado mais humilde tinha casa e comida e pensou:
* Pô, devo voltar a casa do meu pai, não como filho, mas como empregado... Porque fui egoísta e ambicioso e não sou digno de ser chamado de seu filho... Pois eu errei, mas estou tão arrependido! Será que ele vai me aceitar de volta? Se animou e, pois e pegou o caminho de volta a casa...
O seu Antônio por sua vez, continuava triste e com saudades do Tonhão... Sua alegria... E todos os dias ficava horas e horas olhando na direção da estrada... Até quem um dia viu ao longe o filho voltando... Saiu correndo em sua direção...
Pai: - Tonhão, Tonhão! Meu filho!
Tonhão: - Papai! Perdão! Pequei contra Deus e contra Ti. (Abraçam-se). Tô tão arrependido... Perdoa papai... Perdoa...
Então o pai lhe deu uma roupa nova, um novo anel para ligá-lo à família... Foi uma festa, até que Toninho, o outro filho, chegou do trabalho da roça e pergunto:
* Pai... Eu trabalho há tanto tempo com o senhor e nunca ganhei uma festa e uma roupa nova... E esse outro que te abandonou, é assim? Ainda festeja a volta dele! Isso é injustiça!
* Meu filho, não pense assim! Tudo o que é meu é seu... Mas seu irmão, ele estava perdido e hoje foi encontrado, ele estava morto e reviveu... Venha! Se alegre conosco!

O seu irmão aprendeu a lição que o mundo lhe ensinou: aprendeu a valorizar o amor 

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