terça-feira, 1 de abril de 2014

5 DOMINGO DA QUARESMA -Jo11-1-45 MORTE E RESSURREIÇÃO DE LAZARO

 

A folhinha Daniel
Personagens: 1- Narrador; 2- Daniel; 3-Filó; 4- Mena; 5-Gui-6 Herminia
Narrador: - Hoje nosso evangelho fala de viver, morrer, ressuscitar... Jesus, que tem poder sobre a
vida e a morte. E a gente pode dizer: morrer é muito ruim! Ninguém quer morrer, não! E foi por
isso que lembrei da história da folhinha Daniel.
Tudo aconteceu na grande floresta... Na grande árvore da Vida... Dela nasceram muitas folhinhas...
Tinha a Filó... a Mena... A Gui... A Lhermina... A Teo e a Dolina... E tinha a mais sabida, que todos
ouviam, a folhinha Daniel.
Eram todas folhas de uma mesma árvore, mas que mesmo parecidas, descobriram que não eram
iguais...
Todos os dias o mestre Daniel ensinava às folhas.
Daniel – Irmãs, vocês são parte de uma árvore, que tem as raízes fortes escondidas debaixo da terra!
Narrador: - Filó, a mais perguntadeira, perguntou:
Filó: - E pra que serve a árvore?
Daniel: - Ora... Ela dá abrigo aos passarinhos, dá sombra, dá frutos, renova o ar, ela embeleza... As
pessoas vêm se sentar à sua sombra... As crianças... Esse é o propósito das árvores!
Filó: - O que é propósito?
Daniel: - É uma razão para existir... Tornar as coisas melhores para os outros é uma razão de existir.
Como nos balançamos no vento para abanar as pessoas que vêm fazer piqueniques... Dar uma
sombra aos velhinhos... Isso tudo é uma razão para existir!
Narrador: - E o tempo foi passando... A primavera passou, o verão... E chegou o outono trazendo
seu friozinho... Então ocorreu uma grande transformação:
Filó: - Veja Mena, acordei toda vermelha...
Mena: - E eu, tô com uma laranja brilhante!
Gui: - E eu! Estou amarelinha!
Lhermina: - Vejam o Daniel está brilhando como outo!
Narrador: - A árvore estava linda... Mas todas as folhinhas começaram a perguntar a Daniel o
porquê da mudança e tantas cores diferentes.
Daniel: - Irmãzinhas, cada uma de nós é diferente, recebemos o sol de maneira diferente, estamos
em lugares diferentes... E agora estamos vivendo o outono...
Narrador: - E acontece uma coisa diferente... A brisa, que antes balançava as folhinhas fazendo-as
dançar, agora parecia zangada e puxava as hastes das folhinhas fazendo muitas delas caírem.
Filó: - O que está acontecendo? O que é isso?
Narrador: - E Daniel explicou pacientemente.
Daniel: - É isso que acontece no outono: é o momento em que as folhas mudam de casa... As
pessoas chamam isso de morrer!
Filó: - E todas nós vamos morrer Daniel?
Daniel: - Vamos sim! Tudo morre... Grande ou pequeno... Fraco ou forte... Tudo morre! Primeiro
cumprimos a nossa missão e depois morremos.
Filó: - Eu não vou morrer não... Você vai?
Daniel: - Vou sim... Quando chegar o meu momento!
Filó: - Tenho medo de morrer, Daniel!
Daniel: - Isso é natural... Todos nós temos medo do que não conhecemos... Mas é preciso pensar
que não tivemos medo quando a primavera se transformou em verão, e o verão em outono... Porque
teríamos de ter medo da estação da morte?
Filó: - E pra onde vamos quando morrermos?
Daniel: - Mistério... Mas é importante sabermos que a vida sempre volta... Vamos nos encontrar
depois no Grande Reino da Vida.
Filó: - Então... Se vamos morrer não era preciso viver.
Narrador: - E Daniel, respondeu do seu jeito calmo de sempre:
Daniel: - Pelo sol e pela lua, pelos tempos felizes que passamos juntos. Pela sombra... Pelos tempos
velhinhos... Pelas crianças... Pelas estações... Não é rezão suficiente?
Narrador: - E ao final daquela tarde, Daniel caiu a flutuar... Parecia sorrir enquanto caía e disse a
Filó:
Daniel: - Adeus... Por enquanto..
Narrador: - E Filó ficando sozinha... A única que restava no galho... O inverno veio... Filó foi
ficando mais frágil... Quando amanheceu veio o vento e arrancou Filó de seu galho... Não doeu...
Ela sentiu que flutuava no ar, serena... Enquanto caía, ela viu a árvore por inteiro pela primeira
vez... Compreendeu que fará parte de sua vida e sentiu orgulho disso. E viu que sua missão estava
cumprida e adormeceu aos pés da árvore da vida e despertou para o Grande Reino, finalmente, onde
a alegria reinava... Onde todos se encontravam e foi aquela festa

Texto escrito por-Solange do Nascimento e Gisella Batista

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